Vejo-te na linha do horizonte
Recortada num cenário de saudade
Longe da vertigem
Entranhada na luz do pensamento
Perto do desejo
Penetrada pelo fogo do tormento
Sensual rodopiando no desfiar do tempo
Vivendo em mim sem visto
Nem salvo conduto
Apoderando-se do ultimo reduto
Tudo tomas, tudo usas
E eu estranhando porque não abusas
Tudo te entrego
Rogo em preces mudas
Que seja sempre teu
O que me preenche