Mais um que corre
por entre a multidão de apressados
Mergulhando num dia que conheces
Enfrentas as horas do dever
Deixas-te levar nessa corrente
Do ter que ser, do que é urgente
Das partes que somadas nunca dão
o todo que sempre foi inatingível
mas de tanto ser citado se tornou
miragem, utopia, desatino
Esqueceste porém que nessas horas
Se havia algo que merecesse
o cuidado, a eterna proteção
mais que tudo, a tua atenção
não era o tão adorado sustento
eras tu, em todo e qualquer momento
Amanhã há outro dia
Sem ti, nada existe!
10 comentários:
Mergulhados no dever das tarefas a cumprir, frequentemente desviamos o olhar do que é importante para o outro, esse "cuidado" que devia ser, afinal, a tarefa essencial do ser humano.
Gostei imenso, Armando.
Bjo :)
e na pressa deixamos passar tanta coisa...
:(
Uma verdade esquecida...
Gostei muito da forma tão camoniana como está belamente escrito :)
Um abraço :)
O cotidiano corre (no relógio),
mas o essencial (o Ser) tem
que ter o espaço (sereno)
de importância...
Gosto sempre,Armando!
Bj
O essencial, tantas vezes suplantado pelo secundário.
Belíssimo poema!
Um beijo
Lídia
Vivemos apressados, e, nessa correria, deixamos tantas coisas boas por fazer, perdemos a oportunidade de nos darmos aos outros...
O que nos faz, afinal, correr?
Bonitos - o texto e a imagem.
Bj
meu amigo
Por vezes nessa pressa deixamos passar coisas importantes, mas a vida é assim.
Um poema profundo como sempre.
Deixo um beijinho e agradeço as palavras de apoio e carinho que me adoçaram o coração e me ajudaram a voltar.
Sonhadora
Outro dia?
Haverá sempre, algumas pessoas mudarão.
Beijo
Sempre a tocar na ferida...
Tens razão, damos demasiada importância ao que deveria ser supérfluo, e esquecemos o essencial - os sentimentos, os valores!
Beijinhos
Lilita
Vagarosos instantes
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