vago o olhar nas vagas
que trazem sons de um local
que já foi meu
leal em espera absoluta
absorto com o mesmo objetivo
sentindo o vazio do sentido
e o vagar do espaço que foi teu
a meu lado,
um fiel amigo resistente
não me espanto com o silêncio
não quero saber do que já sei
deixarei em vão bater as vagas
assim estático, imóvel, permanecerei
sentindo o suave do sentir
bebendo a beleza deste quadro
este mundo etéreo que me é dado
sem pressa nem vontade de voltar
aqui, ternamente, hei de ficar