Soltam-se
dos dedos lava pura
O
chão que a sustem não a espera
Rubra,
leve, como a alma que transporta
Escorre
pelos sulcos que outrora
Poesia
brilhante recitavam
E
agora de escuro se pintaram
Enrijeceram
até à solidão
Aniquilados
em frémito e tormento
De
ter dado à peçonha seguimento
Mergulharam
na profunda agonia
De
ter em vão ampliado o sofrimento
Mas leve como o fogo é a paixão
Que liberta de novo o alento
E escorraça tudo o que era servidão.