sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Esteio



Esconde-se o sol, ofusca-te o sorriso
Nas curvas que te levam e não te animam
As mesmas que me deixam sem destino

Dos dias que de outrora já passaram
Manhãs que angústia trazem e incerteza
Da dureza que é real e mensurável

Se a noite chega e não te aninha
O sonho é sempre breve ilusão
E o acordar é nova imensidão

Mas do esteio se faz a compostura
E da firmeza se molda a envergadura
Que lealdade não é palavra vã

3 comentários:

trepadeira disse...

A angústia da incerteza desagua sempre numa imensidão.

Um abraço,
mário

Lídia Borges disse...


"Que lealdade não é palavra vã"

E um esteio pode fazer a diferença entre o edificar e o desmoronar que, nos tempos que vão correndo, se aproximam perigosamente.

Um beijo

Anónimo disse...

É a recta da vida que nos dá coragem para enfrentar as curvas. Rompimento devastador do relevo agreste, forte e frágil. Curvas e contra curvas como a vida mesma. Mas oferece ao viajante a esperança do retorno.