Estio
Despojos de uma luta incandescente
Desaguas a tua alma no vazio
Perdes o alento no bafio
Rumas a um porto indiferente
Da jangada o leme inexistente
Do peito desprovido o coração
Árido como a vasta imensidão
E pobre como a liberdade ausente
Da rocha a dureza subtraída
Do fogo sonegado o ardor
Da vil à misericordiosa dor
A um passo da alegria prometida
Mas tudo é perene, voraz, enganador!